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terça-feira, 7 de outubro de 2014

PRIVAÇÃO DO SONO, OBESIDADE E DIABETES

Entenda melhor esta perigosa relação.

Embora nem todos os adultos precisem do mesmo número de horas de sono, acredita-se que menos de 6 horas de sono por noite, de forma crônica, pode ter consequências negativas para o corpo e para o cérebro.

Estudos epidemiológicos e laboratoriais sugerem que a falta de sono pode aumentar os riscos de diabetes e obesidade. A relação entre a restrição do sono, ganho de peso e o risco de diabetes se deve a alterações no metabolismo da glicose, ao aumento do apetite e a diminuição do gasto energético - sedentarismo.

Metabolismo da Glicose

A redução das horas de sono está associada a redução da tolerância à glicose e ao aumento da concentração de cortisol no sangue. A tolerância à glicose é a forma como o organismo controla a disponibilidade de glicose no sangue para os tecidos do corpo e o cérebro. Em períodos de jejum, o elevado nível de glicose e insulina no sangue indica que a distribuição da glicose pelo organismo é realizada de forma inadequada. Há evidências que demonstram que a baixa tolerância à glicose é um fator de risco para o diabetes tipo II. 
Estudos sugerem que a restrição do sono, a longo prazo (menos de 6 horas/noite), pode reduzir a tolerância à glicose em 40%. 
Aumento do Apetite

Uma pesquisa realizada demonstrou uma relação significativa entre poucas horas de sono e o aumento no índice de massa corporal (IMC). A reduzida duração do sono está associada a alterações hormonais que controlam a fome. Os níveis de leptina (hormônio que sinaliza a saciedade) baixam, enquanto os níveis de grelina (que estimula o apetite) aumentam. Estes efeitos são observados quando a duração do sono é inferior a 6 horas. Esta situação sugere que a privação do sono é um fator de risco para a obesidade. Em outro estudo realizado numa população masculina saudável, descobriu-se que uma média de 4 horas de sono/noite está associada a um desejo significativo de alimentos calóricos, com um conteúdo mais elevado de carboidratos (como pães, doces e salgados) além de frituras. Estes indivíduos também relataram ter mais fome ao longo do dia.

É necessário levar em consideração que quanto menos horas se dorme, mais tempo se tem para comer e beber. Existem estudos que mostram que este é um fator que contribui significativamente para o aumento de peso.



Referências:
1.    Knutson K.L. et al. (2007). The metabolic consequences of sleep deprivation. Sleep Medicine Reviews 11(3):159-62. 
2.   Spiegel K. et al. (2005). Sleep loss: a novel risk factor for insulin resistance and Type 2 diabetes. Journal of Applied Physiology 99:2008-19. 

3.   Van Cauter E. et al. (2007). Impact of sleep and sleep loss on neuroendocrine and metabolic function. Hormone Research 67:2-9.

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