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quarta-feira, 23 de maio de 2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Xô preguiça! Sono em dia = Disposição sempre.


Por: Juliana Falcão (MBPress).

Quando a gente dorme mal parece que o dia não rende. E quando temos um montão de atividades ao longo do dia, se não descansamos o suficiente ficamos sofrendo com o "sono acumulado", ansiosas para chegar logo a hora de voltarmos para debaixo dos lençóis.

Esta preguicinha que deixa a gente muito indisposta pode ser minimizada se tornarmos nossas noites de sono mais tranquilas e proveitosas.

A hora do sono é sagrada: o ideal seria dormir oito horas diárias, mas nesse ritmo louco é comum colocarmos a cabeça no travesseiro no máximo cinco ou seis horas.
"Neste caso, o que se pode melhorar é a qualidade do sono para que ele se torne efetivamente restaurador e a pessoa acorde revigorada e disposta no dia seguinte", diz Fausto Ito, especialista há mais de 14 anos no tratamento do ronco e apneia do sono e membro da Associação Brasileira do Sono.
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Para isso acontecer é necessário mudanças no estilo de vida: praticar exercícios físicos diariamente, se alimentar de forma equilibrada e procurar um especialista, caso a pessoa não esteja satisfeita com o seu próprio sono. 
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Outra dica da Page Talent é dormir sempre no mesmo horário. E segundo Dr. Fausto, isso tem muito fundamento. Ele explica que todos nós temos um relógio interno, que funciona de acordo com o ciclo circadiano regido pelas 24 horas do dia, para nos fazer adormecer e acordar.
"Esse complexo sistema depende da nossa rotina e da luz do sol para o seu perfeito funcionamento. Quando dormimos e acordamos sempre nos mesmos horários facilitamos a produção de hormônios  como a melatonina, que inicia a sua produção com o por do sol, e do cortisol, que aumenta a sua produção com o nascer do sol", conta. "Isso ocorre graças à intervenção de vários mediadores químicos produzidos pelo nosso organismo. 
Ambiente e hábitos ideais: você sabia que o tipo de travesseiro e de colchão pode auxiliar no seu sono? O especialista explica que eles são importantes para iniciar o sono, assim como a sensação confortável de lençóis, pijamas e roupas de cama limpos são igualmente recomendáveis. "Escurecer o ambiente antes de dormir também ajuda a torná-lo mais aconchegante e facilita a produção da melatonina, que é o hormônio indutor do sono", completa. 

A lista de dicas da Page Talent pede para evitarmos exercícios físicos pelo menos 4h antes de dormir. O Dr. Fausto abre exceção apenas para as atividades relaxantes, como ioga, alongamentos e meditação. Atividade física aeróbica (corrida, bicicleta, spinnig) de forma moderada ou intensa perto da hora de dormir prejudica o sono, porque há o aumento da frequencia cardíaca, da temperatura do corpo e de hormônios estimulantes como a adrenalina.
"Todas essas alterações são incompatíveis com o iniciar do sono e até tudo voltar ao normal e a pessoa se sentir sonolenta vai levar mais tempo. Dependendo da intensidade a pessoa pode se queixar de dores pelo corpo durante a noite, o que impede o aprofundamento do sono", lembra o Dr. Fausto Ito.
O mesmo vale para alimentos pesados. Eles atrapalham o repouso.
"Durante o sono o nosso metabolismo é bem mais lento quando comparado ao longo do dia. Ingerir alimentos de difícil digestão antes de dormir provoca desconforto abdominal, dificuldade de posicionamento na cama e, frequentemente, causa refluxo e pesadelos", alerta Dr. Fausto.
Efeito Soneca: sabe aquele botãozinho do despertador que te deixa dormir mais cinco minutinhos? Ele só vai contribuir para fragmentar o seu sono. Com isso, ele será superficial e você não vai recuperar as energias. "O descanso só acontece quando o sono é contínuo", ressalta Dr. Fausto. O especialista aproveita para comentar sobre o cochilo da tarde. Ele garante que esta pausa não causa prejuízo ao sono noturno desde que não exceda o tempo de 20 a 40 minutos.
"A sesta nos ajuda a enfrentar melhor o restante do dia por satisfazer pequenas necessidades de sono que o nosso cérebro tem entre as 2h e 4h da tarde", diz. "A prática da sesta 3X por semana alivia o estresse, melhora o raciocínio, a capacidade de concentração e nos mantém dispostos e alertas durante a tarde."
O Dr. Fausto comenta ainda que não há efeitos colaterais com relação à prática da sesta. As exceções são os insones, devido à possibilidade de prejudicar o sono noturno, e pessoas com distúrbios respiratórios do sono (roncos e as apneias obstrutivas), que fragmentam o sono e provocam sonolência excessiva durante o dia.
"Devemos evitar ultrapassar os 40 minutos de cochilo para não entramos em sono profundo. Quem acorda nesta fase fica sonolento, terá maior dificuldade de concentração e ficará com a sensação de não ter descansado", alerta Dr. Ito. 
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Pesquisas indicam que dormir até 40 minutos à tarde pode melhorar o desempenho na escola e no trabalho.

Um dos últimos estudos a respeito do tema foi realizado na Universidade de Harvard, em Boston. A pesquisa analisou o comportamento de voluntários durante o cochilo, logo após um jogo virtual. Os pesquisadores observaram que, durante a sesta, vários voluntários sonharam com o jogo, o que indica que o cérebro continua trabalhando naquilo que estava fazendo antes do sono, ou seja, cria-se um estímulo para o aprendizado.
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Despertador fora de alcance: segundo as dicas da Page Talent este método faz com que você acorde logo, uma vez que precisa levantar para desligá-lo. O membro da Associação Brasileira do Sono concorda e acrescenta:
"O despertador, quando colocado longe da cama ou virado para a parede, evita que a pessoa fique olhando para ele a todo instante. Essa situação interrompe o sono e aumenta a ansiedade da chegada do horário para despertar. Outro fator que prejudica a qualidade do sono é a luminosidade, caso o despertador seja eletrônico."
Por último, a dica é criar uma rotina matutina, uma série de atividades curtas (abrir janela, brincar com o cachorro, escovar os dentes) que impeça você de voltar para a cama. Para o Dr. Fausto, este método funciona antes de ir para a cama também. 
"Dormir é um hábito que exige disciplina. Quando repetimos os mesmos rituais todos os dias antes de dormir, passamos da vigília para o estado de sonolência e a partir daí para o sono profundo de forma natural", explica.
O Dr. Fausto Ito afirma que, com isso, o corpo se acostuma a determinadas ações que sinalizam para o cérebro que é hora de dormir. Isso facilita a produção de diversos tipos de substâncias e hormônios que regulam o nosso metabolismo e o funcionamento adequado do nosso cérebro no momento em que entramos em sono profundo e durante a fase dos sonhos.
"Quando passamos por todas as fases do sono (desde o superficial até o profundo) acordamos mais dispostos, satisfeitos com o nosso período de descanso e revigorados para suportarmos as atividades do dia seguinte, sem preguiça."
* Acesse o link e assista aos vídeos sobre sono: 
http://www.youtube.com/watch?v=xbKYEk8uAWQ 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Apneia do Sono : Uma questão de Qualidade de Vida.



Dormir bem não significa apenas um descanso para mente e para o físico. Durante o sono o organismo sofre diversos processos metabólicos que quando alterados podem afetar o equilíbrio de todo o funcionamento do corpo humano.


Saiba diferenciar o Ronco da Apneia:

O Dr. Fausto Ito, membro da Associação Brasileira do Sono, explica que é importante diferenciar a apneia do sono do ronco. Segundo o especialista, o ronco é o primeiro sinal de alerta que o corpo emite diante de uma dificuldade respiratória que ocorre durante o sono. É caracterizado pelo ruído produzido pela vibração dos tecidos da garganta devido ao estreitamento do conduto faríngeo por onde passa o ar em direção aos pulmões.

“O ronco pode ser ocasionado pela posição da pessoa ao dormir, aumento de peso e por bebidas alcoólicas antes de dormir. Quem ronca, geralmente está com a boca aberta, o queixo deslocado para trás e a língua recuada em direção à garganta, estreitando a passagem de ar”, comenta.

Já a apneia do sono é considerada o estágio mais avançado em relação ao ronco. “Na apneia a passagem do ar na garganta está totalmente obstruída e, portanto, há interrupção da respiração. Cada episódio tem duração mínima de 10 segundos e, de acordo com a gravidade, pode chegar a um minuto e meio e ocorrer diversas vezes ao longo da noite. Esses episódios são capazes de fragmentar o sono e diminuir a oxigenação sanguínea dos tecidos do corpo”, explica Ito.

Paradas na respiração

O Dr. Ito explica que a apneia do sono pode ser classificada em leve, moderada ou grave, de acordo com a quantidade de paradas na respiração (as apneias) somada aos eventos de diminuição da oxigenação sanguínea (hipopneias) que ocorrem durante cada hora de sono. O especialista explica que há, então, a origem do Índice de Apneia e Hipopneia (IAH).

“Quando esse índice está entre 5 e 15 eventos/hora é considerado APNEIA LEVE; se estiver entre 15 e 30 eventos/hora é APNEIA MODERADA e, quando esse índice estiver acima de 30 eventos/hora é classificado como APNEIA GRAVE”, destaca.

Dificuldade de percepção do próprio sono

Os sintomas clínicos que melhor indicam a presença de apneia são o ronco, a sonolência excessiva ao longo do dia (SED) e os eventos de apneias observados por terceiros.

O Dr. Ito alerta que é muito importante a presença do (a) companheiro (a) durante a primeira consulta porque como a pessoa está dormindo (inconsciente) ela não saberá relatar com detalhes o que acontece durante o seu próprio sono. 

Outros sintomas que podem estar relacionados são o sono não reparador, a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu o suficiente, além das alterações cognitivas, como raciocínio lento, lapsos de memória e concentração, atenção diminuída, dor de cabeça pela manhã e alterações do humor.

O Dr. Ito explica que o diagnóstico é feito por meio de avaliação médica e exame do sono (polissonografia).

“Durante o exame, a pessoa é supervisionada por um técnico especializado. A pessoa dorme com sensores fixados ao corpo para monitorização de vários parâmetros durante todo o sono. A polissonografia possibilita classificar a apneia do sono pelo índice de apneia e hipopneias (IAH), a porcentagem de oxigênio que circula pelo corpo durante o sono, os microdespertares, as porcentagens de cada estágio do sono, registro do ronco em função da posição corporal, entre outros”, explica.

Tratamento

Segundo o especialista o tratamento para os distúrbios respiratórios do sono mais utilizados são e com comprovação científica são:
HIGIENE DO SONO: modificações no estilo de vida como suspensão do consumo de álcool, do tabagismo, emagrecimento e adequação do horários para dormir, acordar e se exercitar. Essas orientações servem para todos os casos independentemente da gravidade; 
O CPAP (máscara nasal) é um aparelho de pressão positiva contínua que leva à melhora dos sintomas. Os APARELHOS BUCAIS de avanço mandibular são indicados para ronco, apneia leve, moderada e casos de apeia grave quando a pessoa não consegue se adaptar ao CPAP. Para a indicação do tratamento cirúrgico, é necessária avaliação minuciosa para cada paciente, baseada na presença ou não de alterações anatômicas das vias aéreas, no grau de obesidade e na gravidade da apneia, explica.


* Mais informações: www.itoclinica.com.br