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terça-feira, 30 de agosto de 2011

SOBRE RONCO E APNEIA DO SONO

Entenda um pouco mais sobre os Distúrbios respiratórios do Sono.

Durante o período fértil as mulheres estão protegidas dos distúrbios respiratórios do sono (ronco e as apneias) pela presença da progesterona e do estradiol, por exemplo, porém sofrem mais de insônia devido à oscilação desses mesmos hormônios em função do ciclo menstrual.

O ronco é o primeiro sinal de alerta que o corpo emite para avisar que alguma coisa errada está acontecendo com a respiração durante o sono. Geralmente se manifesta em mulheres após a menopausa, e começa a piorar quando esses ruídos estão intercalados pelas apneias (interrupção da respiração). Essas paradas respiratórias repetitivas ao longo da noite diminuem a oxigenação do organismo, fragmentam o sono e por causa disso impedem que pessoa atinja os estágios profundos do sono.

Esse sono de má qualidade provoca mau humor, dores de cabeça ao acordar, perda de memória e sonolência excessiva durante o dia. Esta última representa grande perigo porque aumenta as chances da pessoa se envolver em acidentes graves de trânsito e de trabalho. Com o passar do tempo, o sono fragmentado causa alterações metabólicas sérias que deixam a pessoa suscetível a doenças crônicas como alterações cardíacas, obesidade, diabetes, queda da imunidade, impotência, câncer e derrame (AVC).

Sem dúvida os homens roncam mais do que as mulheres, principalmente os que estão acima do peso e com idade acima dos 35 anos. Para cada 3 homens 1 mulher ronca, sendo que essa relação se iguala após a menopausa. De acordo com estatísticas, cerca de 50% da população brasileira ronca ou se queixa de qualidade de sono ruim.

É importante entender que os distúrbios do sono podem ter diversas causas. No caso dos homens a própria testosterona, hormônio masculino, contribui para o colapso dos músculos da garganta porque causa um relaxamento maior. Além disso, a tendência do homem é acumular tecido gorduroso ao redor do pescoço, no tórax e no abdômen o que dificulta a respiração. A situação pode se agravar se a pessoa fuma, bebe ou é sedentária.

Outro fator relevante para ambos os sexos é o queixo pequeno ou posicionado para trás, que anatomicamente, deixa a passagem de ar mais estreita na região da garganta e favorece a ocorrência dos roncos e das apneias.


Efetivamente ainda não foi descoberta a cura para o ronco. O importante é diagnosticar o problema por meio do exame do sono (polissonografia) e em seguida iniciar o tratamento. Atualmente existem algumas terapias para melhorar a respiração durante o sono e devolver a qualidade de vida às pessoas que padecem desses distúrbios.

A forma de terapia mais aceita pelas pessoas são os aparelhos bucais que provocam um leve avanço no queixo para evitar que a língua deslize em direção a garganta e obstrua a passagem do ar durante o sono, pois são fáceis de se adaptar e transportar. Outras formas de tratamento são os exercícios fonoaudiológicos para tonificar a musculatura da garganta; o CPAP que injeta ar pelo nariz por meio de máscara nasal e as cirurgias ortognáticas (que deslocam a mandíbula para frente) e de correção e desobstrução de nariz. A reposição hormonal também pode ser indicada para as mulheres menopausadas. Existem também as medidas comportamentais que tem por objetivo modificar hábitos inadequados com relação ao sono e que podem ser utilizadas em conjunto com qualquer tipo de tratamento, conhecidas por Higiene do Sono.

* Acesse o link abaixo e confira a entrevista completa do Dr. Fausto ITO para a Globo News:

domingo, 14 de agosto de 2011

Qualidade do sono ruim pode ocasionar hipertensão

Estudo aponta ligação entre apneia do sono
e problemas cardiovasculares.

Por: Fernanda Brandão - Equipe Medicando.

Noites mal dormidas? Roncos? Sensação de cansaço ao acordar?
Se você se identificou com alguma dessas situações, cuidado. Sintomas comuns a quem sofre de apneia do sono (interrupção temporária da respiração) podem indicar problemas cardiovasculares. Estudo realizado pela Universidade de Birmingham, na Inglaterra, aponta que essas complicações estão intimamente ligadas, pois são ocasionadas pelo mesmo problema, a obstrução das vias aéreas superiores enquanto a pessoa dorme. Veja a ilustração abaixo:



"O distúrbio leva o indivíduo a ter o sono fragmentado o qual provoca queda da oxigenação dos tecidos do corpo, aumento da pressão arterial e aterosclerose [acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos]. Dependendo da gravidade, a pessoa estará predisposta a desenvolver arritmia cardíaca, infarto e AVC”, alerta o Dr. Fausto Ito, Especialista em Anatomia Aplicada da Cabeça e membro da Associação Brasileira do Sono.
De acordo com o estudo, é prematuro afirmar que pacientes com apneia poderão se tratar com os medicamentos destinados à hipertensão. Como as alterações são as mesmas para as duas doenças, é necessária a realização da polissonografia (exame do sono) para investigar se as alterações no sono estão elevando a pressão, principalmente durante a noite ou pela manhã.
O Dr. Fausto Ito alerta que o ronco alto e frequente, principal sinal da apneia, e que é perigosamente negligenciado, pode ter relação com a o aumento da pressão. “Não há um medicamento para isso. Se a pessoa emite fortes ruídos enquanto dorme ou tem apneia de grau leve ou moderado, o tratamento é feito com aparelhos bucais de avanço mandibular. Quando for um problema mais grave associado a outros fatores como obesidade (IMC≥35 kg/m2), diabetes descontrolada é recomendável o uso de máscara nasal [CPAP]”, explica.
O especialista sugere pequenas mudanças de hábito que podem melhorar a qualidade do sono e prevenir os sintomas. “Fazer exercícios periodicamente é fundamental. Deve-se evitar bebidas alcoólicas antes de dormir, pois elas causam maior relaxamento na musculatura que resultam no aumento dos roncos e das apneias”, recomenda.